Amigo, amicus, amore
Por Ivana Regina
Dentro do ser humano sempre existiu a necessidade de viver em comunidade, seja para perpetuação da espécie ou como forma de proteção e defesa. O termo religião, do latim religare, se baseou nessa precisão para reunir pessoas com um fim determinado, voltado à espiritualidade. Confrarias, seitas e grupos fechados foram surgindo ao longo do tempo com a mesma ideologia: o fato de que cada indivíduo busca no outro um complemento daquilo que falta em si mesmo.
Platão diz que somos seres que procuram nossas eternas metades espalhadas pelo mundo. Muitas vezes, esse termo é utilizado de maneira errônea, pois acredita-se que alma gêmea significa um complemento na parte sexual ou amorosa, mas essa projeção não coincide com a realidade. A verdadeira amizade faz parte desse contexto, onde, na maioria das vezes, um amigo sabe muito mais de nossa vida do que um amor ou um parente próximo.
É a ele que confiamos segredos e fazemos confidências de nossos sonhos. Rimos, choramos, compartilhamos. Essa energia que emerge entre as pessoas e o sentimento de confiança e de cumplicidade envia para nosso cérebro substâncias que ativam a felicidade. Um desses compostos é a serotonina, um neurotransmissor cuja função é proporcionar alegria e bem-estar.
Quantos amores se tornaram amizades e quantas delas se tornaram amores...
Pois é, essa emoção não muda e é recíproca. Um amigo sente, sabe e participa conosco das alegrias e das tristezas, mesmo à distância. Os anos passam, mas eles, os verdadeiros amigos, permanecem. E é com muita alegria que compartilho com você, leitor, a vontade de aumentar cada vez mais o meu círculo de amizades e espero que sirva de orientação e de inspiração para que você possa atrair para a sua vida: amigos, alegrias, vontades, sonhos e realizações.
* Ivana Regina é terapeuta holística da Escola Esotérica Luz da Lua (www.escolaesoterica.com.br) – tel.: 3209-4457
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